Cientistas descobrem campo de chaminés térmicas nas águas de Galápagos

Cientistas descobrem campo de chaminés térmicas nas águas de Galápagos

Fonte térmica descoberta nas Ilhas Galápagos, em 14 de setembro de 2023 (Agence France-Presse/AFP Photo)

Campo tem 1 hectare de extensão e conta com cinco chaminés e três fontes termais, similares às encontradas em Yellowstone, nos EUA

Uma expedição científica descobriu um campo de chaminés submarinas a cerca de 2,5 mil metros de profundidade nas águas das Ilhas Galápagos, no Equador, informou o ministério do Ambiente nesta quinta-feira, 14.

“Este campo hidrotermal desperta a curiosidade do mundo da ciência sobre a evolução e a adaptação das espécies em condições extremas (…), onde a vida floresce em meio a águas termais e chaminés vulcânicas submarinas”, disse o ministro José Dávalos em um boletim enviado à imprensa.

O campo tem um hectare de extensão e “é composto de cinco chaminés e três fontes termais, similares às encontradas em Yellowstone“, acrescentou a pasta, em alusão ao parque natural americano, conhecido por seus gêiseres.

“Com 75% do leito marinho ainda por mapear, encontrar este novo campo de ventilação demonstra quanto ainda temos de aprender sobre o nosso planeta”, avaliou a doutora Jyotika Virman, diretora do americano Schmidt Ocean Institute (SOI), organizador da expedição que zarpou em 13 de agosto a bordo do navio Falkor.

As fontes térmicas descobertas em Galápagos emitem água a uma temperatura de 288 graus centígrados e são hábitat de várias espécies, entre elas os vermes Riftia, também conhecidos como vermes tubícolas gigantes.

Cientistas americanos e equatorianos usaram um drone submarino para acompanhar um grupo de lagostas que os guiaram até este campo submarino.

Eles conseguiram avistar pelo caminho um espécime da rara lula Grimalditeuthis, observada com vida pela primeira vez em 2005 e cujos registros são muito escassos, pois habita águas muito profundas.

As ilhas Galápagos, que inspiraram a teoria da evolução as espécies do naturalista britânico Charles Darwin, no século 19, estão classificadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, devido à sua fauna e flora únicas no mundo.

O Equador obteve, em maio, a redução de aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões, na cotação da época) de sua dívida externa, ao se comprometer a destinar US$ 450 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) à proteção de Galápagos.

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